quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Velha Guarda do CAP


VELHA GUARDA DO CAP/ADCRP



Morada : Pavilhão Gimnodesportivo - Rua Nossa Senhora do Pranto nº 4- Pereira






Cód. Postal : 3140 - 304


ANO DE FUNDAÇÃO


1968


NÚMERO DE SÓCIOS


100






COMO NASCEU A VELHA GUARDA


No largo da Cheira nasceram os primeiros jogadores que viriam a fazer história do futebol em Pereira do Campo, como outrora se chamou devido ao apeadeiro, conta Zé Paiva, este, que viria a ser o grande capitão do Clube Atlético Pereirense, que também se terá chamado Atlético Clube Pereirense, mas que mudou o seu nome, já referido muito por culpa do grande clube, (Atlético Clube de Portugal) que noutros tempos militou na 1ª Divisão Nacional.


Esses jogadores, chamados “os pé descalço”começaram por jogar no largo da Cheira, uns contra os outros, as balizas eram duas pedras, as bolas de plástico, borracha ou de farrapos. Já jogadores de grande assistência, e de grande disputa, quem passava na Cheira (a Cheira era uma parte de Pereira muito visitada por pessoas principalmente de Coimbra que vinham pescar na vala) deliciava-se ao ver como os jovens jogadores, tratavam a bola como profissionais. Começaram a fazer jogos com os vizinhos do Ameal, Santo Varão e entre bairros de Pereira. Tinham sempre um espectador muito especial o Sr. Mário Coelho que um dia sugeriu formar um clube federado. Essa ideia não foi posta de lado e começaram por falar com os jogadores e mais alguns entusiastas, formaram direcção (Armindo Bacalhau, Zé Medina, Saúl, Silva Rasteiro, Zé Luís (que viria a ser o primeiro treinador) Girão Peralta e outros. O emblema foi desenhado pelo Zé Paiva e pelo Salvador Simões, e os equipamentos comprados pelos jogadores. Eram camisola branca e calção preto. Com jogadores, direcção só faltava campo. Decidiram que o melhor espaço para o campo seria na Cerca. Falaram com o proprietário do terreno e foi-lhes cedido o terreno mediante um pagamento mensal. Mobilizaram a população, todos ajudaram a endireitar o terreno, com pás e enxadas. Assim nasceu o campo da Cerca com as medidas mínimas exigidas (90x45). O primeiro jogo foi inaugurado com um Solteiros - Casados. Como o campo precisava de ser aumentado e fazer os balneários o Sr. José Medina conseguiu uma máquina e com a ajuda do povo lá fizeram as obras.


Foi nesse campo que o Clube Atlético Pereirense passou por grandes anos de glória.


Foi o Atlético, que passou a apadrinhar as equipas que se iam formando a nível amador sem qualquer campeonato e que jogavam entre si. Como não havia luz os treinos eram a correr pelas ruas da povoação e as deslocações eram de autocarro e pagas pelos jogadores


O 1º Campeonato foi a nível concelhio realizado pelo Montemorense. O Atlético inscreveu-se no campeonato distrital da segunda divisão já a jogar no novo campo que entretanto se mudou para os Montes de Cima e que se passou a chamar Campo de Santo Estêvão que é padroeiro da Vila de Pereira.


Era um campeonato já competitivo o Atlético subiu á 1ª divisão onde passou a jogar com clubes que passaram pelos nacionais futebol como a Naval, U. Coimbra, Ala Arriba entre outros. Também conseguiram uma proeza para o clube, que foi a final do torneio de encerramento com o Condeixa onde venceram o jogo por 3-0. Em 1968 foi então formada a Velha Guarda do Clube Atlético Pereirense com os jogadores que iam deixar de jogar a nível federado. Faziam jogos entre outros núcleos de veteranos que se mantêm em actividade. Desde então têm percorrido o país, mantendo a tradição dos que formaram o Atlético. Com sede própria no pavilhão da A.D.C.R.P, tem 105 sócios e realiza cerca de vinte jogos por época com outros núcleos de veteranos, cria iniciativas (convívios de pesca, torneios de sueca, torneios de futebol e excursões) para poder realizar os jogos. Mantêm a tradição de realizar a festa anual, no dia 08 de Dezembro, onde se realiza as eleições para o ano seguinte.



Texto de Tó Simões